domingo, 10 de março de 2013

Muçulmana por um dia

Viver em um país muçulmano é mergulhar numa cultura riquíssima, tradicional e que sempre terá algo a ser descoberto. E minha maior curiosidade, desde os tempos que ainda assistia "O Clone" na Globo, era entrar numa mesquita.

No passeio de Carthage, enquanto passeávamos pelas ruínas romanas, eu e a Vê avistamos uma mesquita. Depois de pedir umas informações e andar muuito, chegamos lá! É a maior mesquita que eu vi por aqui! É realmente muito grande e luxuosa.


Demos uma volta nela toda, admirando os detalhes (até os escritos em árabe). O que mais me encantou foi a grandiosidade dessa mesquita. Elas geralmente são um pouco simples, vistas de fora, mas essa ostentava luxo em tudo!



E depois de dar a volta, vimos uma porta aberta! E agora? Podemos entrar? Bom, a senhorinha que estava saindo disse que sim. Mas deveríamos fazer o ritual da ablução. Esse processo consiste em purificar-se, para entrar na "morada de Allah". Entramos, então, no local de limpeza. Lá, nos deparamos com torneiras e banquinhos.

Uma pequena luta para descobrir como fazer a água sair. Até que percebemos os sensores (séc. 21 chamando!). Depois de limpas, eu resolvi que queria mais. Eu queria entrar na sala de rezas! Cobrimos os cabelos e observamos o que as outras mulheres faziam para poder imitar. Tiramos os sapatos (como vimos) e nos ajoelhamos, caladinhas e observando cada detalhe.



As mesquitas têm 2 salas de rezas, uma para homens e uma para mulheres. É um local muito silencioso, ao contrário do que eu pensava, e que transmite muita paz. Foi um bom momento para descansar os pés e descansar um pouco, aproveitando a tranquilidade.

O que ainda coça minhas mãos é a vontade de tocar o Coran, o livro sagrado. Por não ser muçulmana, não posso tocá-lo. Até mesmo os muçulmanos, para tocá-lo, precisam estar com as mãos bem limpas.


Cada dia descubro um costume novo. Por exemplo, as 5 rezas por dia, que são feitas quando a mesquita começa a cantar (ou gritar). Ou o véu usado pelas mulheres (não todas). Ou as poucas burcas que vi. Essas não são apenas uma túnica larga, elas realmente cobrem o rosto todo, deixando apenas os olhos à mostra. Usam também luvas, para não exibir nenhuma parte do seu corpo.

Já tentaram me converter. Aliás, quando converso com um muçulmano mais tradicional, este sempre tenta me convencer de que o islamismo é o melhor caminho.

Eu respeito muito essa cultura. Mas não, acho que não me adaptaria tanto assim à ela.

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