terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Separando o velho do novo


E eu me pergunto por que eu junto tanta tralha! Parecia que eu nunca ia conseguir terminar de encaixotar todas as minhas coisas. De cada porta/gaveta que eu abria, brotavam toneladas de coisas!

Joguei muita coisa fora, coisa velha que eu nem sabia porque ainda guardava. Lembranças de tempos que eu não faço questão de lembrar. Papéis que não fazem diferença nenhuma na minha vida. Um monte de coisa que acumulei e não sei com qual finalidade. Bom, isso tudo foi para o lixo. E deixou espaço para muita coisa nova.

Resumindo meus preparativos para a viagem: quando começava a dar certo, começava tudo a dar errado! Quando eu acertava uma coisa, outra coisa desencaminhava. Teve hora que eu pensei que eram sinais para eu desistir de tudo. Mas aos 45' do segundo tempo, finalmente consegui ajeitar tudo!

Deixo meu quarto, meu cantinho sagrado, por um tempo. Quando eu já tinha tirado 80% das coisas do lugar para encaixotar, eu me dei conta do quão grande meu quartinho é. Mas com tantas lembranças e coisas (que eu julgava) importantes ele parecia meu mundinho que me rodeava. E nele eu me sentia perto de todos que estavam longe, revivendo os melhores momentos que eu já passei em vários lugares do mundo e segura de que tudo o que eu já vivi cabia nele. E assim eu ia colocando tudo o que me fazia ter a sensação de ter controle do (meu) mundo.


Tenho certeza que a Paula, a menina que vai ficar no meu quarto enquanto eu estiver longe, saberá também deixar o espaço com a cara dela. E também vai se sentir dona do seu mundinho, que cabe naquele espaço que antes eu julgava pequeno. Cuide bem desse pedacinho, ele é muito importante para mim, ok?!

E também deixo minha Viçosinha, com um pouquinho de aperto no coração. O lugar que tem as melhores festas, as pessoas mais legais e a universidade mais linda! Sei que não tem lugar no mundo que substitua a gritaria do Mundial em quarta-feira de futebol, o Leão de quinta, o Brasilca da rua torta na sexta, a micareta louca no sábado nem o tédio do domingo, o intrigante sabor do suco do RU de todos os dias e as bizarrices que só se vê na reta da UFV (a qualquer hora do dia). Mas eu volto, para viver um último período desse mundo paralelo que se chama "Viciosa".

Hora de partir para um repouso com papai e mamãe antes de explorar a pérola do Mediterrâneo. Aproveitar os momentos que tenho com aqueles que são mais que meu mundo!

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