No sábado, acordamos cedinho e, depois da luta para deixar
aquele recanto dos deuses (a cama), fomos tomar café. Outra refeição muito boa
e nos arrumamos para nosso dia de aventura!
Já começamos com a surpresa: tínhamos um carro e um
motorista particular, SÓ PARA NÓS DOIS!
Bom, nosso muito simpático motorista nos buscou no hotel
para iniciar a jornada. E começamos nosso dia na estrada!!
Primeiro fomos a Chebika. Chegando lá, o Mohammed foi nosso
guia. Vimos as ruínas da “Old City” e um oásis! É difícil até explicar... Como,
no meio do nada, surge uma “ilha” de palmeiras e, lá dentro, uns cenários
lindos!
Antes das fotos, o Mohammed me ajudou (ensinou) a usar o
lenço na cabeça, como os beduínos do deserto. Eles usam para se proteger do
sol e do vento, que é muito forte!
Bom, o passeio não seria perfeito se não tivesse as pessoas
para atrapalhar a foto, né?!?! Tinha um grupo de 3 casais que deviam estar em
lua de mel juntos, só pode! Tive que esperar os 3 terminarem de fazer as poses
de Titanic, sentados, abraçados, beijando e tudo o mais juntos no lugar que eu
queria tirar foto!
Horas depois, consegui fazer minhas poses e tudo certo! Voltamos escalando umas pedras, pulando uns riachos, posando para fotos, até chegar na entrada. Uns minutos de pausa para o Gui comprar o lenço dele e virar um beduíno.
Pé na estrada de novo e chegamos à Grande Cascade, em Mides.
Um lugar lotaaaado de turistas com suas máquinas que parecem computadores e de
comerciantes tentando enganá-los. Foi lá que meu espírito aventureiro começou a
aflorar. Pulei pedrinhas perigosas e escorregadias, arriscando minha vida.
Passei no meio de formigas assassinas e escalei grandes precipícios sozinha!
OK, confesso que o Gui me deu um empurrãozinho aqui, uma puxadinha ali... Mas
meu esforço também foi notável!
Depois, uma visita a um canyon, com vista para as ruínas da
antiga cidade de Tamerza. Local muito propício para imaginar atirar tudo de
ruim... hehehe!
Pequena pausa para o almoço. Um restaurante pequeno, mas
praticamente o único que vimos pela estrada. O cardápio foi o típico tunisiano:
a sopa. Depois, um prato de arroz (ruim) e carne, tudo acompanhado de Boga.
Próxima parada: Ong Djemel! Para chegar lá, foi quando
finalmente começamos a ver o cenário de Saara. Foi mais de 1h passando no meio
do deserto, sem nada ao redor. Só uma imensidão de areia. Tinha hora eu pensava
que o motorista estava fazendo papel até o momento e estava nos levando para
tirar nossos órgãos para traficar! Não tinha como saber para onde ir, não tinha
referência nenhuma. Era só areia, para qualquer lado que se olhasse.
Bom, depois de uma looonga viagem (com todos os órgãos no
lugar), paramos para o motorista tomar o cházinho dele. Foi quando descemos do
carro para esticar as pernas e começar a sentir o deserto. E sentimos mesmo!!
Eu comi areia por uma vida! Eu estava de lenço, óculos e toda coberta... Mas
sentia areia em todos os poros do meu corpo, na minha boca e embaçando toda
minha vista. Sem contar a ventania! Os bonitinhos aqui resolveram subir numa
duna para tirar fotos... Quase fomos carregados pelo vento! A tempestade de
areia estava a ponto de me derrubar e eu já via a hora que o Dr. Albieri ia
aparecer para me ajudar. E a areia é tão fina que quase quebrou a câmera do
Gui, tadinho!
Mais um pouco de “estrada” e o carro que estava seguindo a
gente atolou na areia! Muito legal ver os mocinhos cavando a areia para tentar
desenterrar o carro. Daí descemos do carro para virar mais milanesa... Dessa
vez descalços! Corremos um pouquinho pela areia, comi muuiito dela e foi quando
avistamos os bichinhos super fofos: os camelos!!!!
Terminamos o restinho de caminho que ainda faltava e
chegamos à cidade cenográfica de Star Wars. Se você, como eu, nunca viu o filme
nem sabe bem do que se trata, vai ficar meio sem saber o que fazer. Eu nem
sabia que tinha nave espacial no deserto! Enfim, tiramos umas fotos, fizemos
umas poses...
E do outro lado da duna que cercava a “cidade”, vimos a
imensidão (tempestade) de areia, camelos passando e aí sim você se sente na
África! Dá vontade de sair correndo à la Jade com o véu pelas dunas... Daí você é carregada pelo vento! Hahahaha!
Mais um pouco de viagem para ver um último oasis, já de volta em Tozeur... E voltamos ao hotel! Ainda ficamos um pouco na piscina para tentar tirar as toneladas de areia que estavam na gente. Nem preciso falar a cor que a água do banho ficou, né!?
O jantar foi um banquete, como na noite anterior... Só que a surpresa foi o garçom bêbado, que teve que ouvir 7 vezes o mesmo pedido para trazer um refrigerante para a gente!
Pancinha cheia, diversão garantida e um bom descanso para aguentar as emoções do próximo dia!